Se você trabalha na área de geoprocessamento e sensoriamento remoto, com toda certeza já se deparou com as siglas GPS, GNSS, RTK e PPK.
Estes são os principais métodos de posicionamento global utilizados por profissionais da área de drones, topografia, geoprocessamento e sensoriamento remoto.
Se deseja saber um pouco mais, abaixo iremos trazer informações completas sobre o que são e como funcionam estes métodos, incluindo o GPS, o GNSS, o RTK e o PPK.
GPS (Global Positioning System)
Mesmo que você não seja um profissional da área, com toda certeza já ouviu falar do GPS. Nos últimos anos, estes sistemas de posicionamento se tornaram muito populares, sendo utilizados para cumprir diversas finalidades.
A sigla GPS se refere à expressão Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global. Desenvolvido ainda na década de 1960, o GPS é composto por uma rede de 24 satélites americanos, responsáveis por prover serviços de posicionamento global.
Quando lançado, o GPS era utilizado apenas para serviços militares. Posteriormente, seu uso foi liberado para civis, se popularizando e tornando-se o sistema de posicionamento global mais utilizado em todo o mundo.
Por meio de técnicas de triangulação via satélite, os sistemas de GPS são capazes de obter coordenadas geográficas em qualquer ponto do globo terrestre, estipulando latitudes, longitudes e altitudes em tempo real.
Embora extensamente utilizado, em termos de precisão geográfica, o GPS pode deixar a desejar. Isto porquê coordenadas geográficas obtidas por meio deste sistema podem apresentar erros de posicionamento de aproximadamente 2 metros.
Para uma grande parte dos projetos que envolvem geoprocessamento e sensoriamento remoto, esses erros são aceitáveis. Entretanto, se você deseja obter coordenadas geográficas mais precisas, é imprescindível que utilize em conjunto um número maior de satélites, relacionados à aplicação de outros sistemas de posicionamento global.
Este é o caso dos sistemas de GNSS. Abaixo, iremos explicar de maneira aprofundada o que são estes sistemas e como eles funcionam na prática.
GNSS (Global Navigation Satellite System)
GNSS é uma sigla para Global Navigation Satellite System ou Sistema Global de Navegação Por Satélite. Estes sistemas podem ser entendidos como uma evolução dos sistemas de GPS, sendo extensamente utilizados em projetos que exigem precisão espacial na ordem de milímetros ou centímetros.
O GPS, em si, é representado por uma constelação de apenas 24 satélites americanos. Por outro lado, o GNSS utiliza um número maior de satélites, que fazem parte dos sistemas de posicionamento GPS, GLONASS, BeiDO e Galileo.
O GLONASS se refere ao sistema de posicionamento global russo, desenvolvido ainda na década de 1970 em resposta à invenção do sistema americano de GPS. De forma similar, o BeiDO se refere ao sistema de posicionamento chinês, enquanto o Galileo se refere ao sistema europeu.
Quando aplicamos a tecnologia GNSS, fazemos uso de um número muito maior de satélites que ao utilizar apenas o sistema de GPS. Por isso, somos capazes de atingir uma precisão espacial muito maior, estando esta relacionada ao aprimoramento das médias obtidas pela triangulação via satélite.
Entretanto, isto também implica na utilização de equipamentos mais robustos e em um aumento considerável nos custos de execução de um projeto. Estes equipamentos são comumente denominados de GPS Geodésico ou simplesmente GNSS RTK/PPK.
Para que você entenda um pouco mais sobre estes sistemas, abaixo iremos trazer de forma sucinta, o que são e como funcionam os sistemas de GNSS RTK e GNSS PPK.
GNSS RTK e GNSS PPK: Qual é a Diferença?
RTK é uma sigla que se refere ao termo Real Time Kinematic, enquanto PPK significa Post Processed Kinematic.
Estes termos se referem às técnicas de DGPS ou GPS Diferencial utilizadas para corrigir coordenadas geográficas obtidas em campo. Para isso, estes sistemas fazem uso dos Receptores GNSS.
De forma simplificada, o RTK e o PPK se diferem quanto ao momento em que as coordenadas geográficas corrigidas pelo sistema de GNSS são obtidas. Nos sistemas GNSS RTK, isto ocorre em tempo real, enquanto para os sistemas de GNSS PPK, isto ocorre durante o processamento de dados.
Mesmo apresentando pequenas diferenças, os sistemas GNSS RTK e GNSS PPK são muito parecidos em termos de equipamentos, aplicações e precisão espacial.
Os equipamentos GNSS RTK/PPK são sempre compostos por 2 unidades, uma estação central (base) e uma estação móvel (rover).
Enquanto a base se comunica com os satélites dos sistemas de GPS, GLONASS, BeiDO e Galileo, o rover é utilizado para capturar coordenadas geográficas em campo.
Para aplicação de equipamentos GNSS RTK/PPK em campo, a base deve ser sempre montada no ponto mais elevado do terreno, visando facilitar a comunicação da base com a constelação de satélites.
Após a montagem, você deve esperar que a base esteja alinhada com um número suficiente de satélites. Este processo pode ser um pouco demorado, então se você pretende utilizar deste sistema em campo, esteja preparado para esperar por um bom tempo antes de começar a obter as coordenadas do terreno com o rover.
Mesmo sendo equipamentos robustos, os sistemas de GNSS RTK/PPK são muito simples de serem operados em campo e ainda que você seja um profissional iniciante, não irá encontrar dificuldades em utilizá-los.
Estes equipamentos são fundamentais para quem deseja trabalhar com mapeamento aéreo com drones, sendo extensamente aplicados em serviços de georreferenciamento, agrimensura e topografia.
Você também irá encontrar no mercado drones que apresentam GNSS RTK/PPK embarcados. Nestes casos, o drone percorre a área a ser mapeada obtendo as coordenadas geográficas de forma similar ao rover e você terá que montar uma pequena base em campo.
Se você deseja aprofundar o seu conhecimento sobre sistemas de GNSS RTK/PPK, recomendamos que acesse o conteúdo da GeoSense intitulado “RTK ou PPK: Qual é a Melhor Opção Para o Mapeamento Aéreo Com Drones?”
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